terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fazenda Macalé 2001 – Castelão e Cabernet Sauvignon – Boca revestida por um guardanapo

Num desses fins de semana resolvi abrir uma das garrafas que trouxe de Portugal. Confesso que estava um tanto quanto mal acostumado com os vinhos lusitanos, haja vista termos experimentado apenas vinhos de ótima qualidade. Entretanto, qual não foi a minha decepção ao beber o Fazenda Macalé 2001. O fato de haver sido o tal vinho premiado com a medalha de ouro no II Concurso de Vinhos da Península de Setúbal, realizado no ano de 2002, bem como eleito o melhor vinho tinto naquele mesmo concurso fez nascer em mim tamanha expectativa que, talvez, não seja ele tão ruim assim. Como dizem, "quanto maior o gigante, maior a queda". Aos olhos apresenta-se púrpuro, entretanto, bastante turvo. A sua falta de complexidade aromática deixa bastante clara a presença de frutos vermelhos e madeira. Quanto ao paladar, o excesso de taninos faz crer que a boca foi revestida po r um guardanapo, possuindo uma irritante persistência - amenizada, apenas, por um bom copo de leite puro. Não posso negar que o conjunto da obra, aliada ao seu nome nada glamoroso, trouxe-me à memória o sorriso de Tião Macalé, aquele concedido ao público após receber a nota zero, precedido do conhecido: Nojento. Tchan!


Um comentário:

  1. Rapaz... pela descrição é capaz de Tião Macalé ter perdido os dentes depois de tomar esse vinho.

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