segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Outro "Malbecão" - VVV Vicente Vargas Videla 2006

É verdade . A Argentina tem dominado nossas postagens. E não é à toa. Bons vinhos, excelentes preços e, como se não bastasse, a Malbec é foda!
O resultado não poderia ser outro: Tem sempre uma garrafa hermana na minha adega. Fabão (Amigo Oficial) diz que na casa dele tem malbec toda semana.
As nossas postagens, portanto, quase sempre acham um espaço para o malbec da vez. E ele é o VVV Vicente Vargas Videla 2006. Um malbec pruduzido pela Bodegas e Viñedos Tierras Altas - Vargas Arizu, com uvas cultivadas em Lujan de Cuyo, Mendoza.
A primeira vez que provamos (Eu, Rogério, Fialho, Andrea e Tio Sérgio) esse vinho foi numa degustação de Malbec promovida pela Adega Tio Sam e orientada pela sua jovem e competente sommelier Camila. Dentre 6 vinhos degustados esse foi aprovado por todos, sendo, inclusive, o preferido de alguns, batendo em concorrentes de faixa de preço mais elevada.
De cara vale o alerta: esse vinho precisa respirar. Com impressionantes 14% de álcool, é um vinho que exige um decanter. Eu tive a oportunidade de prová-lo após decanter e também direto da garrafa e digo que quem for direto aos finalmentes vai ter um julgamento injusto. Ele só se abre quando respira e perde potência alcóolica.
Passadas as preliminares, é um vinho excelente.
Rubi intenso, profundo, límpido. Fruta marcante. Na garrafa degustada na Adega Tio Sam, apresentou notas animais evidentes - teve gente que disse que era couro, gente que disse que era pelo molhado, pra mim era cheiro da jaula de leão, deve ser alguma referência da infância que só a psicanálise explica. Na garrafa que abri em casa, notas de coco queimado e caramelo eram mais evidentes.
De qualquer forma, as duas garrafas demonstraram que ele é um vinho onde a fruta é bem integrada com o que lhe confere o carvalho, gerando um bouquet interessante e intenso.
Encorpado, volumoso. Boa acidez. Taninos médios. Boa persistência.
Definitivamente, um malbec de peso, ou seja, um malbecão.