quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Nero D'avola - Superando o trauma

Não é segredo, ao menos para os amigos que acompanham nossas façanhas por esse humilde blog, que logo no início das nossas reuniões - quando então sabíamos ainda menos do que o pouco que sabemos hoje - resolvemos degustar vinhos italianos.
Simples assim. Vinhos italianos. Região? Uma casta específica? Chianti? Brunello? Rosso? Hein?
Cada um passou numa loja e pronto.
Eu, inocentemente, fui até a Anna Import e pedi ajuda ao vendedor. "Senhor, temos um Nero D'avola da Antonini Ceresa que está num ótimo preço". Como qualquer roupa veste um nú, aceitei a sugestão. Nunca vou esquecer esses R$ 42,00.
O vinho foi tão marcante em nossas vidas que ganhou uma música (Constipation Blues - é só conferir na SOMmelier). Uma bomba! Até hoje os caras me sacaneiam.
Tudo bem que R$ 42,00 para um vinho não é lá grande coisa, mas no nosso pouco tempo de experiência, provamos coisas muito mais honestas.
Enfim, como quem gosta de vinho não pode se contentar com uma só garrafa, tive que me esforçar, vencer o trauma e comprar outra garrafa de Nero D'avola. Claro que de outro produtor!
Busquei então a Casa Vinícola Zonin, levando em conta que nessa mesma noite abrimos alguns vinhos deles que nos agradaram. O escolhido foi um Feudo Principi di Butera - Butera Sicilia, 2006. Mais ou menos o mesmo preço (entre R$ 40 e R$ 50).

Um vinho de coloração rubi, com alos aroseados. Límpido. Bastante floral e frutado (cereja). Apresentou também algo adocidado no aroma (glacê, caramelo)
Na boca é um vinho de pouco corpo, acidez leve, taninos leves. Chega a dar uma impressão de ser fresco. Uma persistência comum.
Um vinho agradável para o dia-a-dia, para acompanhar refeições descontraídas (pizza marguerita ou mussa, molhos de pomodoro pelati).
Conclusão? Vinicolas boas fazem bons vinhos. Vinicolas ruins não.












sábado, 9 de janeiro de 2010

De volta das férias - até o lazer pede uma pausa

Sabemos que estamos em débito e que nos últimos tempos acabamos nos rendendo à preguiça egoística que nos conduziu a não compartilhar nossas últimas experiências e mesmo a nossas habituais bobagens.

É bem verdade que com o verão em Salvador, degustar um vinho tinto pode se tornar uma experiência muito assemelhada a uma sauna Turca. Aqui, nesse período, quem insistir em beber vinho em temperatura ambiente corre o risco de literalmente queimar a língua.

Mas, como vocês sabem, nós somos brasileiros e não desistimos nunca! Continuamos e continuaremos provando tintos, aumentaremos a degustação de brancos e, como a passagem do Reveillon, temos algumas anotações sobre espumantes que queremos compartilhar com todos.

Temos uma viagem ao Vale dos Vinhedos para relatar em detalhes, além, é claro, de várias garrafas nacionais que ainda aguardam tranquilamente nas nossas adegas o momento de serem "libertadas".

Estamos, portanto, oficialmente retornando de férias e vamos continuar em 2010 o que iniciamos no ano passado: esvaziar garrafas.

Um abraço dos Amigos.