quarta-feira, 14 de abril de 2010

AS "DO’S" GERARAM UMA "DR": AS DENOMINAÇÕES DE ORIGEM AJUDAM OU ATRAPALHAM?

Há poucos dias, eu, Fialho e Rogério estavamos discutindo a questão da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, regulamentada agora para 2010 e acabamos filosofando um pouco sobre a importância (ou prejuízo) da fixação dos chamados sistemas de indicação da origem geográfica dos vinhos. Para os que não sabem, desde que Portugal vende vinho pra a Inglaterra, naquela velha história que a gente aprende na escola sobre como os Ingleses foram espertos e os portugueses foram bobões, o controle da origem da produção dos vinhos existe. O Vinho do Porto, inclusive, é do Porto porque é feito no... Porto? Claro que não imbecil! Ele é feito no Douro e envelhecido em Vila Nova de Gaia! Ora pois! Mas, deixando a estranha lógica lusitana de lado, ele é chamado de Porto como uma forma de controle da origem.
O fato é que atualmente os vinhos com origem controlada imperam entre os vinhos de qualidade e realmente ajudam o consumidor. Ao comprar um vinho de Denominação de Origem Controlada, o consumidor sabe em que região, com que uvas e mesmo o método de produção utilizado.
Mas isso não significa que o sistema é perfeito.
Um exemplo claro dos problemas que a denominação de origem pode criar foi o ocorrido com os Supertoscanos. Nome ridículo que por sinal, deve ser mais uma ridícula invenção americana.
Quando produtores da Toscana resolveram inovar, o que significou fugir as regras impostas pelo controle da denominação de origem, por mais que o vinho produzido fosse bom, ele não pôde receber a denominação da origem, pois não respeitava as castas fixadas para a região. Foram eles então classificados como Vin di Tavola. Isso mesmo vinho de mesa!
Dito isso, estendo a discussão aos nossos TRÊS fieis leitores: O que vocês acham da AS DENOMINAÇÕES DE ORIGEM AJUDAM OU ATRAPALHAM?

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