Quatro amigos-irmãos que resolveram se reunir para ir além de decorar quantos pontos a garrafa recebeu do mais novo guia da moda. Aqui aprendemos esvaziando garrafas e mantendo a amizade com a taça cheia.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
QL - Alvarinho 2007 (Vinho Verde) - Só meu!
Entre Amarante e Felgueiras, na Região do Minho, nasceu o orgulho da Quinta da Lixa e da região demarcada dos Vinhos Verdes: QL – Alvarinho 2007. A referida Quinta tem se gabado por ter produzido um vinho que, além de tantos outros, recebeu a Grande Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas de 2008. Segundo alardeiam em seu site (www.quintadalixa.pt), é a primeira vez que um Vinho Verde obtém a Grande Medalha de Ouro entre os melhores vinhos do mundo no CMB, obtendo nota acima de 96 pontos. Permitam-me, neste ponto, que me gabe de ter bebido esta garrafa sozinho, sem qualquer remorso. Só lamento por vocês! Assim como a medalha que recebera, aos olhos apresenta-se dourado, com reflexos citrinos. Seu aroma é intenso, exalando notas florais assim que se abre a garrafa, passando, com o tempo na taça, a aromas mais cítricos, que lembram uma limonada. Na boca, uma acidez sensacional, aliada a um levíssimo amargor, traz, efetivamente, à lembrança, uma boa limonada suíça. Tudo isso somado à gaseificação inerente aos Vinhos Verdes deixa esse exemplar absolutamente refrescante, caindo perfeitamente bem num ensolarado domingo à tarde, que, alias, foi a exata ocasião em que bebi. Egoísmos e lamentos à parte, outra garrafa já foi encomendada para, desta vez, ser compartilhada. Ou não.
Hoje nossa visão dos vinhos é cada vez mais mecanicista. Eles são julgados como atletas e ganham notas como tais. Atualmente, além de estar na moda, é considerado plausível dizer que a pontuação de um vinho é 89, ao passo que a de outro é 92. Isso dá a impressão de que o vinho é uma substância de manufatura precisa - estática o suficiente não apenas para receber como também para merecer uma pontuação exata. Esse comportamento reflete a crença contemporânea de que, em questão de gosto, tudo é relativo e, portanto, sujeito a competição. (Matt Kramer)
Amigos e vinhos
Paixão é, acima de tudo, irracional. Não escolhemos nossas paixões. Não analisamos com frieza as vantagens e desvantagens; não colocamos na balança os prós e os contras. Apenas nos apaixonamos. O conhecer, analisar, estudar as características e perceber que o objeto de sua admiração instintiva se torna a cada dia mais interessante é o caminho da transformação da paixão em amor.
Beleza... bom amigo! Como diria Xandão, quando for pra ajudar na mudança, carregar geladeira... me chame.
ResponderExcluirBem que minha mae avisou pra nao confiar em Português, nem em seus descendentes.
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